12
Fev
04

(Causas da inactividade, nota introdutória: o grande Zupaxis regressa! Esteve para não regressar, mas regressa. Ponderámos muito bem, voltar a postar qualquer coisa aqui depois de termos sido atacados, cobardemente. A nossa masculinidade não está em causa, nunca esteve; pusemos a hipótese de começar a responder às afrontas, mas o efeito seria de bola de neve e breve e possivelmente criar-se-ia um blog de resposta à resposta da resposta a um qualquer insulto, provocação ou boca foleira. E isto não é o que nós queremos. Talvez venhamos a retirar os comments do blog, sendo este então só de leitura. Só queremos contar coisas que nos acontecem ou que acontecem perto das nossas existências, se isso incomoda quem lê isto, não leia mais por favor. Obrigado. — Pako, Zúbias & neXis)

Aveiro — Elvas — Aveiro: Prego a fundo…

3ª Parte – Finalmente o Regresso dos Reis

A viagem foi animada! Ken, Nexis, Pako, Zúbias, merenda, conversas sobre cona, fazem qualquer serão animado! É incrível viajar de noite: menos carros, menos visibilidade… Houve uma musa que cá esteve que dizia que à noite estamos sempre mais sensíveis, mas atentos… bem… nessa noite, nessa irresponsável noite, a atenção não foi muita.

Mas mesmo assim, chegámos a Viseu, depois passámos Castelo Branco e parámos para gasolina numa estação de serviço remota. Parecia um “outpost” do “farwest”, daqueles dos cowboys, mas este sem xerife! Ainda nos passou pela cabeça armar merda naquele fim de mundo, mas achámos melhor não, e lá seguimos atestados…

Depois de Portalegre a merenda já era… Antes de entrarmos no Alentejo, já nos tínhamos metido com gajas que viajavam tarde naquele domingo noutros carros, tínhamos apreciado comboios do interior (devia ser os últimos expressos regionais da semana) iluminados com o maquinista, o revisor e um bêbado que deve ter adormecido na estação que não queria. O país, de noite é algo completamente diferente. Nós, animais normalmente diurnos, nem sonhamos a terra que deixamos quando vamos dormir (de noite)! Essas terras escuras, sem luz… País dos camionistas e das putas à beira da estrada, das discos cheias e dos locutores de rádio de voz grossa, dos securitas, dos cães vadios e dos ladrões… Viajar de noite é espectacular…

Quando chegámos a Elvas, era muito tarde, e passavam 4 ou 5 horas depois do limite de entrada do Ken. O que era mau. Parámos à frente dos portões do quartel e vimo-lo fardado ser rápida e eficazmente fodido pela sargento de serviço. Gesticulou e falou com voz de cordeirinho para gaja que parecia um armário. Mas nós não percebemos o que falaram.

Das recomendações do Ken, “termos cuidado”, “ir devagar”, “ligar se acontecer alguma coisa”, nada foi retido… tirando a que disse timidamente “Aproveitai… sempre é melhor do que ficar parado aqui no quartel o Vauxhall”…

Mal o deixámos, pensámos em começar já a curtir o carro e a noite, antes do final e do começo da alvorada. Parámos de novo numa gasolineira à saída de Elvas, daquelas modernas que com cartão dá para meter combustível a qualquer hora. Foi um processo complexo, mas lá o enchemos e antes de arrancar, pensámos em alargar a aventura…

— Fodass… Qual é a cidade mais próxima, caralho? — perguntou o Nexis. O Pako já lhe adivinhava a intenção… Ir lançados para um sitio qualquer onde abundasse cona.

— Deve ser Portalegre a que passámos, à bocado!

— Nada disso. É Évora! — respondeu o Pako ao Zúbias…

— Bora até lá, ver como é aquilo? Pergunta-se um bar fixe ou uma disco e vamos?! Que tal?

Mas o Zúbias argumentou logo, que não estávamos minimamente arranjados, que era perigoso, que estávamos cansados, que a viagem para cima era longe, e que Évora ainda era mais ao sul… E tinha razão. Além de que já era tardíssimo. Mesmo que o Pako e o Nexis ainda reticentemente alinhassem na loucura… O Nexis diz:

— Atão, vamos até ao Algarve!!! Dormimos no carro e vamos amanha para cima!

Mas aqui já os outros dois o olharam de lado e o Zúbias soltou um rosnar agressivo, e ambos perceberam que o Nexis já não estava nas suas plenas capacidades. Lá o meteram no carro a custo e arrancaram.

Nem imaginam a quantidade de animais de que nos tivemos que desviar nas estradas das planícies alentejanas. Andavam com o cio ou assim, fodass… Era suposto o Pako conduzir metade, e o Nexis outra metade quando ele se sentisse cansado. Era suposto o Zúbias por não ter carta, manter sempre quem fosse a conduzir bem acordado, mas nada disto aconteceu. O Pako aguentou e conduziu tudo, e o Nexis não tocou no volante. O Zúbias adormecia entre espaços, mas não dava parte fraca: mantinha-se fiel à promessa de manter acordado o condutor e mal abria os olhos dizia “Então vais bem? Não adormeças!” Quando ele era quem adormecia e que supostamente poderia dar ainda mais sono ao condutor! Enfim…

A viagem de regresso pareceu mais curta, e hoje achamos que batemos um record qualquer, porque eram oito e pouco quando entrámos nos limites de cidade e passámos o novo estádio do Beira-Mar.

Foi sempre prego a fundo, tomámos um pequeno-almoço reforçado e a semana começou, então!

Com o carro nessa semana foi borga elevada à nona potência. Sem mencionar o efeito de apelação que o bólide sempre causa nas musas. Nessa semana fomos a Coimbra, e em Aveiro, de repente a praia da Barra e da Costa Nova ficaram ao virar da esquina; o que sempre aumentou a troca de fluidos média dessa semana.

Só um punhado de amigos sabia disto tudo, esperamos não nos arrepender de contar certas coisas…

Ainda falaremos mais dessa semana… mas a seis mãos, não.

Ehehehah…

Pako, Zúbias & Nexis


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